Químicos e físicos estão a testar formas de conseguir tornar os tons inspirados na natureza ainda mais vivos e intensos.
Texto: Sarah Gibbens
Fotografias: Rebecca Hale
Foi o azul brilhante e iridescente de uma borboleta que inspirou Andrew Parnell e os colegas. Impressionados com a capacidade do insecto para produzir tons tão vibran- tes, os físicos e químicos começaram a investigar a forma como poderiam também produzir cores atractivas, sem usar corantes, mas alterando a estrutura do próprio material. “Pode- ríamos produzir reflectores, à seme- lhança do que fazem as borboletas, imitando a forma como a natureza os faz?”, questionou-se este investigador da Universidade de SheAeld.






Um pigmento produz cor absorvendo tudo, excepto um comprimento de onda específico de luz. Em contraste, as cores produzidas pela alteração da disposição das moléculas reflectem apenas um comprimento de onda espe- cífico. Parnell chama-lhe ciência do controlo da luz.
Os pigmentos azuis raramente ocorrem na natureza. No entanto, na Universidade Estadual do Oregon, Mas Subramanian, investigador na área de materiais, descobriu, por acidente, um novo pigmento azul. Quando procu- rava material magnético que pudesse armazenar electricidade e ser utilizado em computadores, Mas e os alunos de pós-graduação colocaram uma mistura de elementos metálicos (ítrio, índio e manganês) numa fornalha e foram surpreendidos com a criação de uma substância azul brilhante. Chamaram-lhe YInMn, um nome forjado a partir dos símbolos dos elementos.
As camadas de supernegro absorvem quase toda a luz visível, à semelhança de um buraco negro. Criam a ilusão de que objectos tridimensionais são planos.