O olhar dos nossos leitores mostra-nos uma visão do mundo muito pessoal. Conheça as nossas escolhas deste mês.

 

A Companhia de Dança Contemporânea de Évora fez uma exibição em Joanesburgo e o fotógrafo José Fragozo, de Joanesburgo, captou o bailarino Gonçalo Almeida Andrade num instante mágico. “Como, durante o espectáculo, as luzes mudavam entre quente e frio (amarelo e azul), decidi fotografar com o white balance da câmara em automático e corrigir a cor na edição”, conta.

O alvo era uma “família” de mochos-galegos que habita num olival dos arredores de Portalegre. “Como utilizam quase sempre os mesmos poleiros, foi mais fácil. Instalei ali um abrigo durante seis semanas”, conta o fotógrafo Ricardo Lourenço, de Portalegre. “O mimetismo deste mocho apenas foi traído pelos seus olhos de cor vibrante que me olhavam de forma penetrante.”

Em Setembro, costumam formar-se colunas de nevoeiro ao largo do cabo Mondego. O fotógrafo Adérito Valentim, de Coimbra, procurava obter uma imagem do pôr do Sol com o efeito nublado, mas o nevoeiro tapava o astro. Acabou por fotografar um manto de algodão sobre o mar que quebrava ao chegar à Terra. “Ainda não estava satisfeito”, conta. “Por isso, decidi descer a serra em direcção ao farol quando me deparo com este cenário. Só houve tempo para parar o carro, correr para o local ideal, verificar as definições da máquina e disparar antes que o Sol se escondesse. Foi mágico!”, conta.

Em Peniche, o fotógrafo Nuno Silva, de Vila Real, captou este peneireiro-cinzento na sua pose característica, peneirando o ar em busca de novas presas. “O seu olhar atento e fixo era tão forte que intimidava”, conta. O registo fotográfico captou o momento seguinte à captura de um ratinho de campo – os pingos de sangue numa das asas são a prova decisiva, como diria Sherlock Holmes.

Perto de um campo agrícola em Casével (Castro Verde), existe uma importante colónia de reprodução de francelho. Depois de estudar os locais de alimentação mais frequentados pelas dezenas de casais desta espécie de falcão, o fotógrafo Vítor Maia, da Atouguia da Baleia, instalou ali um abrigo temporário. Foi premiado com este instante perfeito de caça.

Pesquisar