O Mosteiro de Alcobaça foi idealizado como um templo religioso fiel aos preceitos da Ordem de Cister: austero, monumental, grandioso e despido de qualquer decoração ou figuração. Nenhum local oferece essa sensação de forma mais completa do que a nave central, quase desprovida de luz.
Texto e Fotografia Eduardo Barrento
No final do ano passado, uma instalação do Atelier O Cubo proporcionou a sensação inversa: através de uma pormenorizada operação de video mapping, a nave foi preenchida com luz e cor, permitindo aos visitantes uma rara e abrangente perspectiva do monumento cisterciense. Através de 24 projectores e de modelação 3D, a equipa criativa respondeu ao desafio tecnológico de cobrir todos os recantos de luz, tornando uniformes as superfícies ricamente diversificadas do monumento. “É um processo não invasivo e muito mais complexo do que a operação numa fachada”, diz Celso Matos, coordenador da iniciativa.
O Mosteiro foi classificado como Património Mundial pela UNESCO em 1989. Esta nave central é a maior de todas as que se encontram nas igrejas portuguesas.
Save