À primeira vista, um fóssil do Nordeste da China com 120 milhões de anos parece ser um ninho de crias de dinossauro acompanhadas de um exemplar mais velho.
Texto A. R. Williams Fotografia Liu Qinxue, Museu de História Natural de Dalian
Existem duas teorias para explicar este conjunto de ossadas: por uma questão de um abrigo que desabou ou, então, por um deslizamento de terras.
“Vê-se a olho nu”, diz o paleontólogo Brandon Hedrick, que estudou recentemente este invulgar achado. Agricultores escavaram o fóssil com quase três metros de diâmetro, mas não conseguiram recuperar as características envolventes, como as margens do ninho, que ajudariam a explicar a situação. Quanto mais Brandon investigava os pormenores do fóssil, menos lhe parecia ser apenas um grupo de crias num ninho. O especialista apresenta duas novas hipóteses. Os dinossauros poderiam ter-se escondido numa toca que desabou e os esmagou.
A espécie, do género Psittacosaurus, ou “lagarto-papagaio” (devido ao grande bico), vivia provavelmente em grandes grupos. “Foram encontrados em toda a Ásia e deveriam ser uma presa apetitosa para os carnívoros desta época.”
Existe outro cenário: tendo em conta as posições dos corpos e da natureza da rocha em seu redor, as crias poderão ter sido vítimas de um deslizamento de terras que subitamente as varreu