O famoso Taj Mahal costumava ser uma visão deslumbrante em branco, mas perdeu brilho nas últimas décadas.
Texto A. R. Williams Fotografia Steve McCurry e Mike Bergin
Em 1983, quando esta fotografia foi captada, o mármore do Taj Mahal era deslumbrante. Desde então, o ar poluído cobriu a pedra de partículas escuras que nem as chuvas das monções conseguem retirar. Fotografia Steve McCurry.
À medida que a população da cidade de Agra, nos arredores, crescia e a poluição atmosférica piorava, o mármore do túmulo monumental do século XVII começou a ganhar um tom amarelo-acastanhado. Ninguém conhecia a causa exacta da descoloração.
Um estudo de investigadores indianos e norte-americanos identificou-a agora: poeira, provavelmente desencadeada pelo tráfego em estradas não pavimentadas, e a fuligem produzida pela queima de lixo, resíduos agrícolas, combustíveis fósseis, e o estrume e madeira que os habitantes locais queimam para cozinhar e aquecer-se.
Para restaurar a cor original, aplica-se lama periodicamente e procede-se a lavagens com água destilada. A imagem mostra o processo de limpeza. Fotografia Mike Bergin.
A resposta oficial foi rápida. “ O nosso estudo foi publicado e, duas semanas depois, foi discutido no Parlamento indiano”, conta o engenheiro ambiental Mike Bergin.
As autoridades de Agra adoptaram medidas para melhorar a qualidade do ar, incluindo o fornecimento aos habitantes de gás para uso na cozinha e a substituição de alguns milhares de camiões movidos a gasóleo por veículos abastecidos a gás natural.