Os astecas herdaram um panteão rico da tradição da América Central, que seria ampliado com as suas divindades tutelares e as das regiões incorporadas no império.

Na tradição dos povos da América Central, o calendário asteca apresentava uma dupla estrutura.

Por um lado, o calendário solar civil de 365 dias (xihuitl), que proporcionava as referências temporais para as actividades da sociedade no seu conjunto, especialmente para as tarefas agrícolas: era composto por 18 meses, os meztli, de 20 dias cada e dedicados aos deuses.

Cada deus presidia um mês, durante o qual se celebravam grandes festas e eram sacrificadas vítimas em sua honra. Cinco dias compunham uma semana e o quinto, tianquiztli, era dedicado ao comércio. O ano ficava completo com mais cinco dias chamados nemontemi (dias vazios), nos quais se cessava toda a actividade e eram dedicados ao jejum e à abstinência por serem considerados malditos.

Por outro lado, existia um calendário místico de 260 dias (tonalpohualli), usado para estabelecer horóscopos e previsões dos dias fastos e nefastos do ciclo.

A combinação de ambos dava lugar a ciclos de 52 anos de duração, designados por xiuhmopilli (vínculo de anos).

 

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