Ilustração: Fernando Correia / Universidade De Aveiro.
Durante anos, um crânio de plesiossauro repousou nas vitrinas do Museu Geológico do Laboratório Nacional de Energia e Geologia com uma identidade falsa.
Recolhido pelo geólogo Paul Choffat em Alhadas no século XIX, foi identificado como o primeiro fóssil de plesiossauro do Jurássico português, mas sem classificação precisa.
O paleontólogo Ricardo Araújo, distinguido com uma bolsa da National Geographic Society para Jovens Exploradores, publicou agora, com Adam Smith e Octávio Mateus, a descrição completa do fóssil, classificando-o como um novo taxon – o Lusonectes sauvagei, uma homenagem à proveniência do achado e a Henri Sauvage, geólogo francês que trabalhou em Portugal no século XIX. “Trata-se do único plesiossauro confirmado para Portugal e a ocorrência mais ocidental deste grupo na Europa”, diz Araújo.
Várias características anatómicas, como a parede craniana, o palato, a mandíbula e a dentição distinguem o Lusonectes sauvagei. Fotografia: Luís Quinta. Cortesia: Museu Geológico Do Lneg