Desde a sua fundação, em 1888, os caminhos da National Geographic Society (NGS) cruzaram-se várias vezes com personalidades, monumentos e eventos relevantes da história recente portuguesa.
Seleccionamos onze apontamentos históricos que talvez nem os coleccionadores mais dedicados saibam sobre a nossa revista. Acompanhe-nos assim nesta visita ao cofre da National Geographic.
Ver galeria
11Fotos
Foi publicada no ano quente da implantação da República. Foi a primeira reportagem da revista sobre Portugal. A imagem retrata a Praça Dom Afonso Henriques, no Porto. Fotografia: UNDERWOOD&UNDERWOOD/NATIONAL GEOGRAPHIC CREATIVE
Em 1948, Pedro Teotónio Pereira era o embaixador português em Washington. Em carta de 22 de Outubro para Salazar, dá a conhecer um artigo da revista e diz: "Pude felizmente ter conhecimento há dois meses do que se preparava e fui a tempo de rever o texto e ajudar nas legendas das gravuras. Evitei algumas tolices ou coisas menos agradáveis, mas não todas. No conjunto, o artigo saiu muito bom. A maior parte da gente vê só as legendas das gravuras. E essas dão-nos certa altura."
Em Janeiro de 1953, o secretário da National Geograhic Society envia para Lisboa um certificado de adesão de um membro especial: António Oliveira Salazar recebe a National Geographic na sua residência do Vimieiro até 1957. A NGS não desvenda ao então presidente do Conselho a identidade da pessoa que ofereceu esses quatro anos de assinatura, apesar de Salazar se prontificar para saldar a verba em causa. Sabe-se que, em 1960, já não constava no ficheiro de assinantes. É provável que a oferta tenha partido de Teotónio Pereira.
A mais famosa aventura de Blake e Mortimer tem lugar na ilha de São Miguel (Açores). Edgar P. Jacobs inspirou-se em fotografias reais da National Geographic (como esta) para criar a sua imaginada Quinta do Pico, onde a acção começa. Ainda não é claro se o desenhador visitou previamente os Açores para escrever. Fotografia: PÚBLICO/ASA
O. Louis Mazzatenta fotografou em 1976 a arte da baleação nos Açores. Em 2012, Almorindo Lemos, retratado nesse artigo, foi reencontrado pela fotógrafa Gemina Garland-Lewis, bolseira da NGS, num projecto de recolha de memórias orais da baleação no Pico e no Faial. Fotografia: GEMINA GARLAND-LEWIS
Depois das campanhas de Dom Fernando de Almeida, não se avançara mais na cidade romana de Miróbriga. Duas bolsas concedidas a William Biers permitiram saber mais. Curiosamente, a equipa americana tinha duas opções: escavar em Miróbriga ou em Ammaia. A primeira foi escolhida por questões logísticas. Fotografia: XAVIER ROSA
Havia mais de 16 mil assinantes da National Geographic em Portugal quando foi lançado o primeiro número da edição portuguesa. A primeira fotografia nacional publicada vinha logo a abrir: um berçário de cachalotes no Grupo Central dos Açores, documentado por Luís Quinta. Fotografia: LUÍS QUINTA
Durou 26 programas. Entre 2002 e 2003, a National Geographic teve um concurso na RTP para testar os conhecimentos geográficos dos adolescentes portugueses. Fotografia: NUNO CORREIA
Este mapa-suplemento dedicado à construção de um templo românico nos vales do Sousa e do Tâmega foi distinguido, pela National Geographic, como a melhor ilustração do ano no seio de todas as edições locais. Ilustração: ANYFORMS DESIGN
Publicada pelo fotojornalista Pepe Brix, esta reportagem sobre o quotidiano dos pescadores portugueses nos mares da Terra Nova foi distinguida com o Prémio Gazeta de Fotojornalismo em 2016. Fotografia: PEPE BRIX
Completando 20 anos em Abril de 2021, a National Geographic volta a dedicar a sua capa a um tema de Portugal. Depois do cavalo lusitano e do terramoto de 1755 (2005), do vulcão dos Capelinhos (2007), da cortiça e de Dom Afonso Henriques (2009), das focas-monge (2010) e do Parque Nacional da Peneda- Gerês (2012), apresentámos o lince-ibérico.