No seu 500º aniversário, a viagem permanece obscura. Apenas um dos cinco navios completou a expedição e Fernão de Magalhães não estava a bordo.
Texto: Monica Serrano, Soren Walljasper, Patricia Healy e Eve Conant
Ilustrações: Matthew Twombly
No Outono de 1522, um navio decrépito aportou em Espanha com 18 tripulantes debilitados. Eram os únicos sobreviventes do grupo de 240 que tinham partido para uma ousada missão. Carlos I, o jovem rei castelhano, não estava disposto a continuar a depender das rotas comerciais terrestres para obter a noz-moscada e o cravinho tão cobiçados na Europa e financiou uma expedição liderada por Fernão de Magalhães, um marinheiro português que acreditava que a Terra era redonda, uma teoria então ainda não provada.
Em Setembro de 1519, cinco navios zarparam com capacidade para armazenar a bordo 550 toneladas de especiarias. A viagem prolongou-se por três anos e os marinheiros sobreviveram com a ajuda de povos indígenas que foram encontrando, tratando alguns com justiça e outros com crueldade e violência. Numa ilha das Filipinas, Magalhães, aliás, encontrou a morte. O novo comandante, o navegador basco Juan Sebastián Elcano, ficou com a missão de guiar o Victoria até Sanlúcar de Barrameda (em cima). O navio regressou com uma fracção da carga pretendida, mas confirmara que a Terra era redonda.
Clique na imagem para ver detalhes. Ilustrações: Matthew Twombly. Fontes: Fundação Elkano 500; Jose Eleazar R. Bersales e George Emmanuel R. Borrinaga, Universidade de San Carlos; Guadalupe. Fernández Morente, Fundação da Nau Victoria. * Silhueta aproximada do navio