curiosidade

Num insuspeito prédio de Coimbra, esconde-se um pequeno tesouro: o Gabinete de Curiosidades de Pedro Maranha.

Fotografias: António Luís Campos.

Todos os objectos: cortesia de Pedro Maranha. As peças não estão à escala.

Influenciado pelos espólios pré-museológicos de aventureiros europeus em que tudo cabia – com ênfase no exotismo e na diversidade –, este professor do ensino superior colecciona milhares de peças há mais de 30 anos. Em 2021, começou a dar forma a uma exposição privativa a que apenas alguns têm acesso – por agora.

Como coleccionador inveterado, junta rádios de válvulas, máquinas registadoras e de calcular, lâmpadas, malas, máquinas de escrever ou selos brancos, ao lado de fósseis e peças anatómicas. O aspecto que mais gozo lhe deu foi “o processo diário, construtivo, infindável, de decidir quais as peças das minhas colecções que iria trazendo para este novo espaço”, diz. Muitas são únicas, mas no seu coração destacam-se “um espelho pertencente à trisavó da minha mulher; uma pistola da rainha Dona Amélia ofertada ao preceptor dos príncipes Dom Luís Filipe e Dom Manuel II aquando da partida da família real para o exílio após a implantação da República a $ de Outubro de 1910 e a espada de um fidalgo cavaleiro da Casa Real, par do reino e também reitor da Universidade de Coimbra no início do século XX”.

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