James A. Bradley fez fortuna a vender escovas para o Exército da União, mas descobriu o seu verdadeiro talento na costa de New Jersey.
Texto Eve Conant Fotografia Clifton Adams, National Geographic Creative
Em 1871, este abstémio e metodista comprou 200 hectares de zonas húmidas e dunares e ergueu ali uma comunidade chamada Asbury Park, moldada de acordo com a sua rigorosa conduta moral. O álcool estava banido. A decência (no pormenor, em baixo, definiam-se códigos de conduta e vestuário) e os valores da família eram fortemene exacerbados.
Bradley acreditava que a praia tinha poderes curativos e calmantes para “os nervos deixados em frangalhos pela profissão, pelo estudo, ou pela perseguição ao todo-poderoso dólar”.
À data desta fotografia, no Verão de 1929, oito anos após a morte de James Bradley, os veraneantes ainda seguiam o seu conselho. Em Outubro do mesmo ano, porém, a bolsa nova-iorquina colapsou e deu início à Grande Depressão. Os nervos em frangalhos pela “perseguição ao todo-poderoso dólar” deixaram certamente de ser curados com um simples dia de sol.