TextoPatricia Edmonds Fotografia Joel Sartore
Este lémure da espécie Propithecus coquereli foi fotografado no Zoológico de Houston.
Os lémures têm origem num dos mais antigos ramos da árvore geneológica dos primatas: os seus antepassados viveram no Eocénico há 55 milhões de anos.
Evoluíram durante milhares de anos, modificado comportamentos e refinando os sistemas sociais. E onde é que tudo isso os levou? À supremacia feminina.
Embora o matriarcado seja raro entre os primatas, a dominância feminina é a norma para a maior parte das espécies de lémures, nomeadamente para o Propithecus coquereli. Até mesmo as fêmeas mais jovens podem impor-se aos machos. As fêmeas são também as primeiras a escolher os alimentos e locais de descanso, diz Chris Smith, do Centro de Lémures de Duke. “Já vimos fêmeas roubando comida da boca de machos. E se este estiver no ponto ensolarado que ela deseja, a fêmea dirige-se para lá, e o macho afasta-se com um cacarejar submisso.” Se um macho desagradar a uma fêmea ela pode empurrá-lo, esbofeteá-lo e até mesmo arrancar-lhe pedaços de pêlo. No breve período anual em que querem acasalar, as fêmeas são “pequenas manipuladoras”, diz Lydia Greene, da Universidade Duke. “Elas controlam por completo com quantos e com que machos querem acasalar.” Em Madagáscar, a desflorestação e as queimadas destruíram 90% do seu habitat. Das 103 espécies e subespécies de lémures sobreviventes, 20 são “Vulneráveis”, 49 estão “Em Perigo” e 24 “Criticamente em Perigo”.
Habitat/Distribuição: Florestas de Madagáscar.
Estatuto de conservação: O lémure é o mamífero mais ameaçado do planeta.
Outros factos: Nove espécies de lémures são conhecidas por sifakas devido ao som que produzem quando se sentem em perigo.