O kudzu é uma espécie impressionante, à sua maneira muito própria e destrutiva. 

Texto Daniel Stone   Fotografia Andy Anderson

 

A planta poderá acelerar as alterações climáticas ao diminuir a quantidade de carbono armazenada no solo dos ecossistemas de flora endémica aos quais se sobrepõe (como nos bosques do Mississípi, visíveis na imagem).

Espécie aparentada da ervilha, esta trepadeira oriunda do Japão foi introduzida nos EUA em 1876 para criar rapidamente zonas de sombra e estabilizar solos. No entanto, o seu crescimento é tão rápido e descontrolado (até 30 centímetros por dia) que ele cobre árvores, candeeiros e até edifícios em curtos intervalos. Há milhares de quilómetros quadrados de campos e floresta já desaparecidos à custa do kudzu em pelo menos vinte estados norte-americanos.

Novas investigações sugerem que a espécie poderá ainda ser responsável por outros danos.


Novas investigações sugerem que a espécie poderá ainda ser responsável por outros danos. Cientistas da Universidade Clemson descobriram que a planta poderá acelerar as alterações climáticas ao diminuir a quantidade de carbono armazenada no solo dos ecossistemas de flora endémica aos quais se sobrepõe. A perda de carbono ocorre sobretudo na camada superior do solo e verifica-se ao longo de décadas, explica o ecologista Nishanth Tharayil. Estudos anteriores mostraram que o kudzu pode também libertar outros gases com efeito de estufa. 
Poderá a trepadeira ser travada? Enquanto os fabricantes de herbicidas tentam acompanhar esta praga veloz, os jardineiros podem sempre eliminá-la à moda antiga, desenterrando as raízes.

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