Fotografias João Nunes da Silva
“Em Viana do Castelo, quatro capítulos da história da Terra ficaram extraordinariamente preservados e constituem a pedra angular do projecto de criação a longo prazo de um geoparque”, diz o geólogo Ricardo Carvalhido, o responsável científico da iniciativa. Espraiando-se por uma área de seis hectares, os cinco novos monumentos naturais locais já classificados (num total de oito geossítios) incluem marcas da presença de um vasto oceano primitivo que cobria o território há 500 milhões de anos, câmaras magmáticas expostas pela erosão, a dança da subida e descida do nível do mar, com os correspondentes patamares e depósitos de fósseis e icnofósseis (como os alvéolos escavados por ouriços-marinhos, à esquerda) e um capítulo mais recente, correspondente à humanização da paisagem nos últimos dez mil anos.
A edição portuguesa da National Geographic voltou a associar-se ao Prémio Geoconservação, este ano atribuído ao município de Viana do Castelo, que classificou cinco novos monumentos naturais locais no âmbito deste projecto.