mARAVILHAS nATURAIS

JEFFERY PINE, PARQUE NACIONAL DE YOSEMITE. Este pinheiro morto e fustigado pelo vento no alto de Sentinel Dome, em Yosemite, tornado famoso por Ansel Adams, caiu finalmente em 2003. A pitoresca árvore californiana foi uma das mais fotografadas do mundo, aparecendo em placas fotográficas com datas tão distantes como a década de 1860. Fotografia de Harald Sund, Getty Images.

Desde ilhas inteiras a formações rochosas famosas, alguns marcos icónicos fazem agora parte do passado. Porém, nunca é demasiado tarde para ver e apreciar aqueles que ainda restam.

Texto: Meghan Miner Murray

As paisagens moldam a nossa percepção dos locais, mas a Terra está em permanente mudança. As forças do vulcanismo, do vento, da água, do Sol e, sim, das pessoas conspiram inexoravelmente para transformar aquilo que consideramos terreno familiar – abatendo falésias sobre a praia, erodindo enormes desfiladeiros, formando terra nova com lava incandescente e mudando o curso de rios poderosos.

Com efeito, a mudança é a única constante – uma ideia saída da mente do filósofo grego Heráclito no século V a.C., repetida desde então pelos filósofos. No entanto, as pessoas esquecem-se frequentemente de que Heráclito acreditava que o medo da mudança também é uma constante. Talvez seja esta sensação de impermanência iminente que compele os viajantes a visitarem maravilhas naturais antes que elas mudem para sempre.

Nos últimos 50 anos, centenas de marcos naturais de todo o mundo mudaram drasticamente de forma – ou, pior ainda, desapareceram. Recentemente, o Arco de Darwin, nas Ilhas Galápagos, desabou no mar, juntando-se a outras estruturas com o “Wall Arch” no Parque Nacional de Arches, ou a “Janela Azul”, em Malta, que se perderam para a história. Mostramos-lhe alguns marcos que já não existem e alguns locais frágeis que ainda pode visitar – de forma responsável.

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