A fortaleza tem vários nomes: Santo António, Rato ou Ilha das Lebres, mas a missão foi sempre a mesma: proteger a foz do rio Gilão. Fotografia de Josep Curto / Shutterstock.
A costa algarvia foi, desde sempre, um alvo tentador. Defendê-la, mais do que uma obrigação, era uma garantia de soberania.
A defesa da costa algarvia representou desde cedo uma preocupação para os monarcas portugueses. O Forte de Santo António, em Tavira, é um exemplo perfeito. A sua construção ocorreu no reinado de Dom Sebastião, por volta de 1571, com um objectivo claro de defender a entrada da barra e, paralelamente, a cidade de Tavira, dos ataques dos corsários.
A autoria do projecto deve-se a Giovanni Maria Benedetti que desenhou o forte com cinco baluartes: três voltados para o mar e dois para terra; uma praça de armas e um fosso que tinha a particularidade de ser lajeado. Porém, a fortificação nunca seria concluída, em virtude do assoreamento e do deslocamento da barra de Tavira para leste, o que a fez perder a sua validade geoestratégica.
Fotografia de Josep Curto / Shutterstock.
Com a Restauração da Independência, Dom João IV, em 1654, reiniciou os trabalhos de recuperação da fortificação. Foi neste período que o forte passou a ser denominado por Forte de Santo António, ao invés de Forte do Rato, como era conhecido até então.
Os trabalhos de construção permitiram à fortaleza de Tavira adquirir as características que hoje possui. Entre os séculos XVII e XVIII efectuaram-se diversas remodelações quer no interior quer no exterior. Em 1788, o Forte de Santo António ganhou uma configuração já sem baluartes voltados para terra e com um conjunto de dependências que permitiam dar alojamento a uma guarnição de nove homens e duas peças de artilharia.
No final do século XVIII, o for- te foi essencialmente utilizado como depósito de pólvora e o seu declínio ocorreu nas primeiras décadas do século XIX. Foi aban- donado em 1830.
Forte de Santo António
Construção Século XVII
Classificação Imóvel de Interesse Público
Horários A estrutura está em ruínas, pelo que não há limitações horárias às visitas, nem custos.